Nessa obra, o autor, Aluísio, faz muitas críticas, abrangendo várias áreas, como abuso, adultério, comparação entre o cortiço e um lugar onde animais viviam, por ser um lugar sujo, ganância, inveja, muitas ideias foram abordadas, inclusive ideias que não estão totalmente explicitas, como o próprio determinismo na obra, e sobre o que iremos falar hoje, a época em que ocorria o livro, era uma época também em que se tinha a relação Brasil-Portugal, e iremos estabelecer essa relação com o livro, acompanhe:
O livro, O Cortiço de Aluísio Azevedo tem traços da antiga relação entre Brasil e Portugal (Metrópole e Colônia), que também é retratado no livro Iracema (Martim), de José de Alencar. Apesar de que a época em que acontece”O Cortiço” o Brasil já estar livro de sua metrópole, porém o mesmo continuara com suas relações com países de fora, inclusive sua ex-metrópole, Portugal, e essa relação pode ser tratada como se não houvesse acontecido ainda a liberdade do Brasil.
No Cortiço, isso pode ser observado com clareza (desde que leia com atenção e observando as características da obra), na relação de Brasil-Portugal a mais marcante característica é a excessiva exploração Portuguesa (Metrópole) no Brasil (Colônia), isso é retratado na relação entre João Romão (Portugal) e Bertoleza (Brasil).
João Romão dono do Cortiço explora Bertoleza escrava, tirando todo o proveito da mesma, a fazendo trabalhar sem descanso, somente interessado em lucrar não se preocupa com a mulher que se encontrava cada vez mais ‘acabada’, após ver que está melhor financeiramente e com o Cortiço mais desenvolvido a descarta como se não tivesse valor.
E nisso é possível estabelecer tal relação, pois além de termos o próprio João Romão, temos os donos de Bertoleza, cuja nacionalidade não é revelada, mas é algo a ser pensado.
Essa foi a análise da relação entre “O Cortiço”, Brasil e Portugal, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.