A morte carrega a liberdade

Nesse post veremos uma história metade alternativa e metade da obra sobre a personagem Bertoleza, sabendo que a mesmo era escrava e negra, o que na época era algo desprezível, tanto um quanto o outro, e nesse texto mostraremos como foi esse pouco da vida de Bertoleza:

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Bertoleza, uma moça guerreira, forte e que ajudou a alavancar o sucesso de João Romão e se viu no fim das contas descartada pelo próprio. A tão sonhada liberdade só veio literalmente após a morte, pois sua vida desde a infância sempre foi muito sofrida. Quando nasceu seu pai não estava mais vivo que pelo excesso de trabalho acabou morrendo e com a mãe mal teve contato pois aos 6 anos foi passada para as mãos de outro proprietário onde ficou até conhecer e ficar com Romão. A pobre mulher passou a infância toda sendo humilhada com o Determinismo exposto e empregado em suas costas. Para alcançar a liberdade tinha que pagar por ela. Depois de anos conheceu um senhor português no qual manteve uma boa relação mas esse senhor veio a falecer em um acidente. O tempo passou e Bertoleza conheceu um homem que era exatamente João Romão no qual foi viver junto, com um documento de alforria que fora forjado pelo mesmo. Mal sabia que continuaria a sofrer mais tarde é que acabaria se suicidando por cair nas mãos gananciosas de João. Mas até ai sempre se dedicava cada vez mais em sua quitanda, e como amava João Romão, que sempre a explorava, continuava a obedecê-lo. E no final ele, mostrou sua verdadeira face, denunciando-a à seus donos.


Esperamos que tenham gostado e até a próxima postagem.

Sem determinismo?

Nesse post, iremos ver como seria algumas personagens do livro se não tivessem sofrido o determinismo, vamos lá:

Na obra “O Cortiço” uma das principais características que são visíveis é o determinismo, e neste post, analisaremos a obra se ela não tivesse o determinismo.

Comecemos pela personagem Bertoleza, ela sofre determinismo pelo momento histórico e raça, como sabemos, o negro na época era muito desmerecido e as vezes considerado escória, e no caso de Bertoleza em que além negra era escrava, ou seja, determinada pelo momento histórico também, então se não houvesse determinismo, não só afetaria à Bertoleza como a maioria dos negros, e a sociedade também. E como na época tinha a questão do abolicionismo, se o escravismo não tivesse ocorrido, a Bertoleza certamente não se mataria, e poderia ter vivido e viver em paz pelo resto de sua vida, outro fato seria que João Romão não a exploraria tanto quanto a explorou no livro.

Ainda sobre Bertoleza, ela não se de sentiria uma raça inferior, e como diz, que amava uma pessoa de raça superior, tal afirmação não existiria se o determinismo fosse tirado. Além desses personagens, outros que não foram citados, poderiam ser mudados se o determinismo não tivesse sido aplicado nessa obra.

Outra personagem que sofre muito determinismo pelo meio, era o Jerônimo, ele atraído por Rita Baiana, “abrasileiriza-se”, tomando posse da cultura brasileira, abandonando a de sua terra natal, Portugal. Então, tirando-se o determinismo dessa parte, sua imagem seria como foi no inicio de seu aparecimento, sendo um típico patriota, cantarolando as músicas de seu país, enquanto os outros cantavam samba, e não se sentiria atraído por Rita, excluindo por completo a traição que causaria a sua esposa. Ainda sobre ele, podemos contar o fato de que sem o determinismo ele continuaria se dedicando cada vez mais em seu o trabalho, e no livro aconteceu justamente o contrário.

João Romão também sofre reações, como inveja, ganância, que pode ser considerada um determinismo também pelo meio, pois seu vizinho, Miranda, era rico, se tornara barão com o caminhar da história, então, na verdade ambos sofriam esse determinismo, porque quando um ganhava algo, o outro queria superar. Se não houvesse tal determinismo, João e Miranda seriam típicos amigos, que é o que acontece no fim da obra, viveriam em paz um com o outro e cada um com suas conquistas.

E no geral, os moradores do cortiço sofriam determinismo, pelo meio também, pois como podemos ver, na obra o cortiço é caracterizado como um lugar sujo, onde animais minhocavam, entre outros maus exemplos que o mesmo passava. Ou seja, se o determinismo não existisse ai, a vida de alguns não seria afetada pelo local, que na verdade é o ideal principal do determinismo, quem nasce de um jeito está determinado a morrer deste mesmo jeito, então, as pessoas não seriam influenciadas pelo meio em que viviam, o que faria que as mesmas, começassem a pensar que o que os ricos haviam conquistado elas também poderiam conquistar.


Esperamos que tenham gostado e até o próximo post.

[Música] Barulho no Cortiço (Lyric Video)

Um pouco do livro em formato de música.

Barulho No Cortiço (RAP)

É uma longa história, eu te garanto isso

Cheio de aventuras e se passa no cortiço

Dentro do cortiço tinha um patrão

Ele mandava em tudo, era o João Romão

Era dono do cortiço, da taverna e da pedreira

E durante a história, se “aliou” à Bertoleza

Era negra, escrava e quitandeira

Trabalhava muito, era uma mulher guerreira

Entre tramas e conflitos, prevalece o realismo

Retratado na história, com bravura e heroísmo }2x

No cortiço acontece muita exploração

Onde todos se entregam, à grande conturbação

Nada além da verdade, ele se baseou

Com amores e controversas Sem ódio e sem dor

“[Refrão 2x]”

Relação entre “O Cortiço”, Brasil e Portugal

Nessa obra, o autor, Aluísio, faz muitas críticas, abrangendo várias áreas, como abuso, adultério, comparação entre o cortiço e um lugar onde animais viviam, por ser um lugar sujo, ganância, inveja, muitas ideias foram abordadas, inclusive ideias que não estão totalmente explicitas, como o próprio determinismo na obra, e sobre o que iremos falar hoje, a época em que ocorria o livro, era uma época também em que se tinha a relação Brasil-Portugal, e iremos estabelecer essa relação com o livro, acompanhe:

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O livro, O Cortiço de Aluísio Azevedo tem traços da antiga relação entre Brasil e Portugal (Metrópole e Colônia), que também é retratado no livro Iracema (Martim), de José de Alencar. Apesar de que a época em que acontece”O Cortiço” o Brasil já estar livro de sua metrópole, porém o mesmo continuara com suas relações com países de fora, inclusive sua ex-metrópole, Portugal, e essa relação pode ser tratada como se não houvesse acontecido ainda a liberdade do Brasil.

No Cortiço, isso pode ser observado com clareza (desde que leia com atenção e observando as características da obra), na relação de Brasil-Portugal a mais marcante característica é a excessiva exploração Portuguesa (Metrópole) no Brasil (Colônia), isso é retratado na relação entre João Romão (Portugal) e Bertoleza (Brasil).

João Romão dono do Cortiço explora Bertoleza escrava, tirando todo o proveito da mesma, a fazendo trabalhar sem descanso, somente interessado em lucrar não se preocupa com a mulher que se encontrava cada vez mais ‘acabada’, após ver que está melhor financeiramente e com o Cortiço mais desenvolvido a descarta como se não tivesse valor.

E nisso é possível estabelecer tal relação, pois além de termos o próprio João Romão, temos os donos de Bertoleza, cuja nacionalidade não é revelada, mas é algo a ser pensado.


Essa foi a análise da relação  entre “O Cortiço”, Brasil e Portugal, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.

Jogos (Cruzadinha e Caça Palavras)

Nessa postagem temos dois jogos bem famosos no caso, cruzadinha e caça palavras relacionadas com o livro “O Cortiço”, para treinar seu conhecimentos básicos sobre o livro é se divertir um pouco.

OBS: Para resolver o caça, vá às dicas primeiro, responda-as ao final de cada uma, após isso procure as palavras nele.

Cruzadinha:

O Cortiço

Caça Palavras:

Caça final

Se tiver interesse em imprimir as atividades e resolvê-las no papel, clique com o botão direito do mouse em cima de cada atividade, clique em “salvar imagem como”, e vá ao lugar que foi salva a imagem, clique novamente com o botão direito sobre ela, e procure a opção “imprimir”.

Essa foi mais uma postagem do nosso blog, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.

Postagem Especial – Exposição “Olhares sobre O Cortiço” (Fotografias)

Esta postagem é uma postagem diferente, pois aqui será mostrado como é realmente um cortiço, será falado sobre isso é sobre a exposição que aconteceu em 2013 no SESC Interlagos, com o tema de “Olhares sobre O Cortiço

Um cortiço é uma comunidade, onde na maioria das vezes a qualidade de vide é de ruim à péssima, podemos encontrar nos cortiços cômodos divididos em várias pessoas, pois mesmo sendo um lugar em péssimas condições, um valor de aluguel ainda é pago.

Ainda existem cortiços, por isso a obra “O Cortiço” é atual, pois mostra que a vida nos cortiços do século XIX é praticamente a mesma nos cortiços de hoje, ou até mesmo nas comunidades e morros que vemos em nossa cidade.

Com o intuito de mostrar tal condição de moradia e vida, além de promover um maior conhecimento da obra, que o fotógrafo Fábio Knoll e o cenógrafo Valdy Lopes criaram essa exposição. Infelizmente a exposição durou pouco e foi à 2 anos atrás, na data de 02/10/2013 a 09/03/2014, no SESC Interlagos. Mas para quem não pode aproveitar e visitar a exposição, podemos ver um pouco do que foi apresentada nela.

OBS.: As fotos à seguir não são da exposição e sim participaram da exposição. São fotos de cortiços reais, então assim podemos ver claramente a realidade de tal tipo de moradia.

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(Fotos por: “Fabio Knoll” http://www.fabioknoll.com/)

E esta foi mais uma de nossas postagens, com um sentido um pouco diferente das já apresentadas, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.

Biografia do Autor, Aluísio Azevedo

No post de hoje, iremos mostrar brevemente, como foi resumidamente a vida do autor de vários livros de sucesso, dentre eles “O Mulato”, e o que nós estamos abordando nas postagens atuais, “O Cortiço”. A fim de que conheçamos mais sobre o autor de tais obras, essa postagem foi desenvolvida e por fim postada, confira agora:

Biografia Aluísio Azevedo

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Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu no ano de 1857, em São Luís do Maranhão, estudou e quando completou 19 anos de idade foi para o Rio de Janeiro, a chamado de seu irmão. Como tinha um talento como desenhista e conseguia fazer críticas, trabalhou em jornais humorísticos e políticos.

Depois da morte de seu pai, voltou a São Luís do Maranhão, onde lutou contra a escravatura, estrutura repressiva da sociedade, injustiças sociais entre outras.

Em 1881 publicou o primeiro romance O Mulato, a qual introduziu o Naturalismo no Brasil. Com problemas com a repercussão da obra se mudou de vez para o Rio, onde se começou a publicar livros sem interrupções (1882-1885), romances, revistas teatrais, contos e operatas, seus temas preferidos (eram sempre focados na realidade do dia a dia); a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e a vida do povo humilde. Também conheceu os escritores Olavo Bilac e Coelho Neto.

Abandonou a literatura aos 38 anos, e começou a carreira diplomática, foi ao Japão (onde não acabou um livro), Espanha, Inglaterra, Uruguai, Chile, Itália e Argentina onde morreu aos 56 anos (1913).


Essa foi a biografia de Aluísio Azevedo, que com vários talentos, conseguia criticar, os problemas da sociedade na época em que vivia, tomemos como exemplo e inspiração sua grande sabedoria, ao escrever livros, e com os outros talentos que possuía, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.

Análise Final do Livro

Nessa análise abordaremos não só a questão do livro em si, mas também as críticas apresentadas nele por Aluísio Azevedo, por isso que o livro é muito destacado atualmente, pois mesmo sendo um livro que acontece no século XIX e foi escrito no final do mesmo, ao mesmo tempo é um livro atual, isso é bem perceptível quando vamos por exemplo ao centro da cidade, em que ainda existem cortiços, e muitos moradores de rua, é uma realidade muito triste que poderia não existir, mas ninguém pôde impedir, e até onde conhecemos da mente humana, e das limitações científicas, ainda não é possível reverter tal situação, que por sinal é muito grande. Emfim, vamos à análise.

Análise de “O Cortiço”

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Primeira característica que notamos ao ler o livro é a presença de um narrador em 3º pessoa e sendo onisciente, às vezes as falas se confundem com as dos personagens. Predomina o discurso indireto livre. Contém começo, meio e fim ( tempo linear ).

A história se passa em dois locais, o primeiro é no Cortiço, onde vivem os pobres, é descrito como muito sujo e podre Aluísio faz uma crítica com isso, mostrar a miséria do proletariado.

O segundo é o sobrado de Miranda e sua família o qual representa a burguesia.

O comportamento dos personagens é determinado pelo Meio, Raça e Momento Histórico.

Aluísio que trabalhou como caricaturista, isso o ajudou na criação da obra, que é a representação visual, ou seja, nós temos a impressão que estamos vendo um filme.

Ele faz uma comparação em sua obra muito curiosa, que seria Portugal explorando o Brasil. Ele faz isso com os personagens, João Romão (Portugal), explorador sempre querendo enriquecer-se, e Bertoleza (Brasil) uma ex-escrava que pensa estar livre, porém é explorada por João. E acaba se suicidando no final, pois se vê em uma situação que tem saída, porém à única saída que tinha (a não ser se suicidar), era viver a mesma realidade que vivia antes de estar com João Romão.


Essa foi a análise do livro, que como dita no inicio, é uma análise do contexto que está por trás da obra, e não uma análise da obra em si, esperamos que tenham gostado, e até a próxima postagem.

Resenha – O Cortiço (parte única)

Essa é a resenha sobre o livro O Cortiço de Aluísio de Azevedo, a resenha estará menor relacionada a de Dom Casmurro e em uma parte só, pois a leitura não ficará cansativa, e pode estimular a quem não leu o livro ainda a ler, pois é um livro incrível que mostra a real sociedade não só no século XIX que foi o tempo em que aconteceu a história, mas é uma obra atual também, como vemos em várias comunidades. Então vamos a resenha.


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O livro O Cortiço, conta a história de João Romão buscando um modo de se tornar rico. Para atingir sua meta de enriquecer, ele utiliza de muitos métodos como por exemplo explorar seus empregados, e até chega a roubar para conquistar o próprio objetivo. João Romão é dono de uma pedreira, uma taverna e o do cortiço. Sua amante Bertoleza (a qual João Romão a engana dizendo que é alforriada) ajuda-o trabalhando em uma quitanda todos os dias.

João Romão cria uma rivalidade com Miranda que é um comerciante bem de vida que possui uma disputa por um pedaço de terra que quer comprar para aumentar seu quintal, mas os dois não entram em um acordo e acabam rompendo seu relacionamento.

João Romão com muita inveja de Miranda, começa a trabalhar cada vez mais, sem descanso, e por isso acaba se privando de muitas outras coisas que poderiam fazê-lo se enriquecer mais que seu rival, mas acaba mudando seu pensamento quando Miranda recebe o título de barão e percebe que ele não tem que ter só mais dinheiro que seu rival, mas também ostentar uma posição social mais elevada, ir em lugares caros, usar roupas boas, resumindo, ter uma vida parecida com a de um burguês.

No cortiço moram as pessoas com menor condição financeira como Rita Baiana, Firmo, Jerônimo, Piedade, etc. Essas pessoas acabam sofrendo com a influência desse lugar, como Jerônimo que acaba mudando seus hábitos e sofre o abrasileiramento.

Quando João Romão alcança o título de barão e tem sua superioridade garantida sobre Miranda, a relação entre os dois melhora. E com isso João Romão faz melhorias em seu cortiço.

Com todas essas melhorias, o cortiço dele muda, deixa de ser desorganizado e miserável, além do que passa a ser chamado de Vila João Romão.

João Romão pensa em pedir a filha de seu ex-rival em casamento, porém ele tinha uma amante, a Bertoleza, então ele arma um plano para que se livre dela, e acabe ficando com seus pertences, como ele havia enganado-a dizendo que estava alforriada, na verdade ela havia donos ainda, então ele a denuncia à seus donos, que levam-a novamente, e por isso ela entra em desespero, pois pensava que já estava livre daquela vida sofrida, então decide se matar, com o medo de voltar a ser escrava. Assim João Romão estaria livre para se casar com quem quisesse. Nesse tempo João Romão já era praticamente membro da família de Miranda, tanto é que só faltava mesmo a oficialização.

Fim


Este é o fim da resenha, ficou bem resumida e contada em linhas gerais para que quem não teve a oportunidade de ler, se interessar e explorar com mais detalhes a leitura, esperamos que tenham gostado, até a próxima postagem.